Eu crio e aplico LARPs desde 2005.
De lá pra cá estive envolvido na organização de pelo menos 20 desses eventos. Em 2006 ingressei em um curso, fomentado por um programa da prefeitura de São Paulo, para "aprender a fazer live-actions", foi uma experiência fascinante, mas ela se esgotou logo.
Neste ano de 2006, durante o curso, tive contato com muitas pessoas que pensaram e realizaram larp também. Neste período, eu cursava a graduação em artes visuais e já nutria um tímido interesse pelo teatro, mas acima de tudo, eu tinha uma idéia engajada e visionária com relação as possibilidades do "live". Muita coisa surgiu naquele ano, mas até hoje (e escrevo este texto na noite de natal de 2010) a maior parte dessas coisas nem saiu da minha mente.
Antes disso em 2005, quando comecei a desenvolver meus primeiros larps, eu já usava um método que me é caro até hoje: eu percorria, à deriva, a internet tudo o que parecia estar relacionado ao tema. Isso me levou a muitos lugares, me fez conhecer um bom número de coisas que eram feitas em LARP lá fora, mas em um dado momento eu me vi diante de uma parede e voltei. Retomei a pesquisa agora em 2010 - e para meu espanto encontrei uma infinidade de coisas boas que nem sonhavam existir na rede na ocasião daquela pesquisa (e muita coisa que eu simplesmente não tinha visto naquele momento).
Minha pesquisa sobre LARP no exterior, especialmente aquilo que é desenvolvido na escandinávia (Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia) me mostrou que minha idéia sobre as possibilidades do live não era uma busca solitária. Nesses países, há grandes eventos e publicações de e sobre LARP e um cenário efervescente. Pela primeira vez nessa minha trajetória ficou claro que havia uma via de diálogo. Aberta e pulsante. A produção que realizei em 2010 foi animada sempre pela vontade de me integrar naquela discussão - vontade esta já amparada e potencializada pelas experiências muito interessantes que tivemos em em 2009.
Este blog surge como uma tentativa de reunir alguns textos e reflexões sobre a prática do LARP, minhas, pessoais, de colegas brasileiros e, talvez principalmente, traduções de artigos e cases inspiradores do exterior, onde o live roleplaying já saiu das fraldas faz um tempo!